21 de março de 2014

O controle de limpar o quarto

A minha sexta começou ok, daí ficou boa, ficou ok de novo, ficou ótima, daí cagou e ficou ruim.

Eu me sinto idiota com tanta frequência que fico admirada que ainda não me assumi publicamente como alguém assim, idiota.

Não sei lidar com não-respostas, com desvios de assuntos, com abstrações. Eu não sei lidar com conselhos para que eu seja mais calma ou mais madura, simplesmente porque eu não sou assim, calma ou madura.

Cada dia mais eu tenho a certeza de que tem algo muito grave acontecendo aqui dentro de mim, meus pensamentos crescem, tomam conta do meu corpo, meu estômago dói, meus olhos resolvem que devo chorar no meio do ônibus, daí logo em seguida eu tô rindo, eu não sei, eu não sei mesmo o que é tudo isso. E depois me sinto idiota por querer dar meu coração, me sinto ingênua por acreditar que dessa vez eu posso não me foder, porque afinal, nada impede que eu me foda, nada impede uma pessoa de ser sacana comigo, a mim só resta assumir riscos e pular torcendo para que a corda esteja presa ou que, no mínimo, algo amorteça o encontro ao chão.

Eu não tenho controle de nada, de absolutamente nada, nem do que sinto e neste momento e eu não me sinto bem.

Tudo o que me resta hoje é limpar meu quarto, é o máximo que consigo organizar ao meu redor.



2 comentários:

Antônio LaCarne disse...

cheguei a conclusão de que o melhor, muitas vezes, é tentar não se entender. a "ilusão positiva" da minha vida ultimamente é buscar táticas de sobrevivência e compensações prazerosas.

fica aqui o meu abraço pra vc, querida.

Gabi T. disse...

"amar la trama más que el desenlace", milla.

dá cá umm abraço! <3