28 de dezembro de 2013

Mano velho

Dormi mal, muito mal e acordei mais xoxa que um saco de salgadinho que ficou aberto tempo demais.

O tempo não cura tudo, ele fode muitas coisas também.

Muitas.

25 de dezembro de 2013

Espírito de porco e a família no quintal

Vocês que se apaixonam com frequência, que namoram e terminam, que amam e deixam de amar em 6 meses, por favor, me expliquem, como vocês conseguem passar por essa união de sentimentos confusos, se manter ilesos e entrar em outros relacionamentos sem medo algum?

Sério, como? Como vocês lidam com a insegurança, com o ciume, com a frequente sensação de que a mesma pessoa que se declarou para você há um dia pode, do nada, deixar de querer estar contigo?

Como vocês não enlouquecem e não ficam com tanto medo que dá vontade de dormir apenas ou de chorar, por se achar totalmente inapta para essas coisas?

Eu sinto tanto medo o tempo todo, mas tanto, que acho que não fui programada para me apaixonar, eu não sei fazer isso e a cada momento que um desses sentimentos, que eu já nem lembrava que poderia sentir, surge, eu tenho vontade de parar tudo.

Natal, família fazendo churrasco no quintal e eu aqui pirando.

Memorável, um dos piores que já tive. Espírito natalino? Não trabalhamos, temos apenas o de porco.


19 de dezembro de 2013

Alegre o tempo inteiro?

Eu fico quieta porque eu já conheço a dança. Eu odeio perceber isso, odeio de verdade, mas eu preciso fazer o maior esforço para não me convencer que aquilo que julgo melhor pra mim, não é o melhor porra nenhuma, sou só eu fugindo, sou só eu com medo, sendo fraca, eu sendo eu.

E sabe, eu não quero mostrar essa parte minha, não quero mostrar que sou medrosa, que sou imatura, que eu piro. Não quero.

Eu quero ser segura, ser feliz, ser sensacional, quero ser otimista, quero ser sorridente. E eu consigo isso, eu sinto que posso ser isso na maior parte do tempo, mas assim como o Wander Wildner canta, eu também não consigo ser alegre o tempo inteiro, eu não consigo.

Desculpa.

12 de dezembro de 2013

Apaixonar

Todo mundo tem uma visão linda de se apaixonar, que são borboletas, que são sorrisos, alegria, passarinhos e leveza. Eu tenho dúvidas, viu?

Tá, tem tudo isso mesmo e é bem bom, mas junto é como se uma bigorna caísse na minha cabeça, seguido de náusea, taquicardia, fala acelerada e uma possível gagueira em falar a palavra "responsabilidade" porque sempre que fico nervosa eu falo qualquer coisa como "responsilbidade" ou ainda fica impossível falar "setenta e sete", sempre sai uma sequencia de "seteteteteetet" é um horror.

Fora o bigodinho de suor, né? Aquele suador de nervoso mega deselegante. Mas é a vida, gente, é assim. Gostar é ficar nervosa, é falar merda e gritar mentalmente consigo "MEU DEUS DO CÉU PORQUE EU TÔ FALANDO ISSO? PARA, CAMILA! PARA COM ISSO, MUDA DE ASSUNTO! PARA DE FALAR LOGO DE CARA QUE VOCÊ FEZ TERAPIA E QUE É CONTROLADORA! EU PERDI A NOÇÃO, ALGUÉM ME AJUDA?!"

Tudo isso porque a fase inicial da paixão é complicada, os limites não estão estabelecidos, não dá para saber se após 4 horas de uma mensagem enviada tá permitido ligar para ver se ele tá vivo ou se vai parecer cobrança amalucada.

Ou se querer ver o cara no meio da semana é considerado loucura, não sei se posso sentir saudade e falar isso sem parecer grudenta. Não sei se posso ficar triste com a ausência e falar abertamente. Não sei lidar. Eu basicamente não sei porra nenhuma e fico sempre achando que vou parecer louca, descontrolada, louca, louca, louca.

Se apaixonar é quase como acreditar em Deus, não existem muitas provas concretas de que aquilo vai dar em algo, você sequer sabe se vai entrar no céu, mas fica lá, gostando, de riso solto por aí, torcendo e rezando, mas rezando muito, para não se foder, como se tivesse algum controle de um coração bobo que acelera só com uma mensagem de "bom dia".





9 de dezembro de 2013

Choro macarrônico

Eu tive a brilhante ideia de que injuriei do meu inglês besta e que queria fazer aulas, melhorar, evoluir, ser uma pessoa mais instruída.

É angustiante, é triste, é torturante você perceber que falhou miseravelmente em alguma coisa com 32 anos, no meu caso falar inglês. Claro, eu não esperava que chegando na aula a professora de 15 anos me falasse "nossa, seu inglês é espetacular, nada macarrônico, vai embora" mas sei lá, é uma mistura de frustração com pena de si mesma ver que o caminho é chato, que você deixou o tempo passar e agora, mesmo sem o fôlego dos 15, vai ter que correr.

Eu sei, sei que é feio ter pena de si mesma, lamentar e se sentir pequena esperando que os outros me confortem com algo que cabe a mim. Eu sei. Isso é só período de ajuste, é só meu lamento, porque eu sei que vou me cobrar para essa merda dar certo.

Eu sei também que no ônibus, quando tocou Strokes, eu quis chorar, mas esperei para chorar no banho, porque lá ninguém me vê e também eu não teria que explicar meu drama "classe média sofre e quero chorar porque não sei falar bem inglês".

Quando se é mais novo, até o não saber é divertido, depois é só cobrança mesmo. Nada fica mais fácil quando o tempo passa, nada. O tempo pode curar algumas coisas, mas não facilita porra nenhuma, isso é certo.

"When we was young, oh man did we have fun.
Always, always"